Desde os tempos antigos, os seres humanos sentiram a
necessidade de se organizar, seja separando os tipos de comida, roupas, etc. Tudo
isso com a finalidade de facilitar a vida na hora que precisamos de certos
objetos. Na biologia não é diferente, temos que organizar cada tipo de ser vivo
de acordo com as suas características, e isso já vem sendo feito desde o tempo
de Teofrasto e Aristóteles. O primeiro era discípulo de Aristóteles, e
classificou as plantas por seu uso e forma de cultivo. Este segundo filósofo
naturalista, descreveu sobre aspectos de comportamento, reprodução, habitat e
separou a parte dos organizamos com sangue e sem sangue. Existiram outros
filósofos e biólogos na idade media, como Santo Agostinho (que classificou os
organismos em úteis, indiferentes ou nocivos ao ser humano).
Porém, com o tempo essas classificações começaram a
ficar cada vez mais detalhadas e cuidadosas, vindas do estudo da morfologia
(estrutura anatômica e da fisiologia dos organismos), pois animais totalmente
diferentes ficavam na mesma classe. Com o passar dos anos, foram se descobrindo
muitas novas espécies de plantas e animais, sendo devidamente classificados.
No
século XVIII, surgiu um grande biólogo que deu início as divisões utilizadas
até hoje. Karl Von Linne (Lineu) passou grande parte da sua vida classificando
e nomeando espécies vegetais e animais. Propôs uma classificação em grupos, que
chamou de táxons. Em um dos seus trabalhos, intitulado de Systema
Naturae, no qual foi criado um grupo: reino, de maior abrangência, dividindo-o
em classes, cada classe dividida em ordens, cada ordem em gêneros, e cada gênero em espécie,
cada
vez abrangendo menos detalhes (uma separação maior).
Entretanto,
a classificação não se trata de apenas dividir os organismos. Lineu criou a nomenclatura
binomial
(regras), no qual ocorreu a redução dos nomes para apenas duas palavras:
primeiramente se dizia o gênero e posteriormente a espécie a qual o ser vivo
pertencia. O gênero sempre deve ter a letra inicial maiúscula, a segunda
palavra, sempre precedida pelo gênero, deve ser escrita em letras minúsculas.
Em textos impressos, devem-se colocar os nomes dos espécimes em itálico, por
exemplo: Homo Sapiens. Quando nos
referirmos a um gênero como todo, devemos colocar “sp” no lugar da espécie, exemplo: Homo
sp.
A sistemática filogenética é uma
parte da biologia que classfica as espécies em
grupos ou táxons baseada em suas relações evolutivas. Segundo esse estudo, a
variedade de organismos é dada pela cladogênese (conjunto de processos que tem
a origem de duas novas espécies) e anagênese (conjunto de processos que gera
mudanças graduais em uma espécie).
Charles
Darwin criou a teoria da seleção
natural. Segundo ele, quanto mais um organismo se adapta a um
ambiente, mais chance de sobrevivência do que os menos adaptados, deixando um
número maior de descendentes. Depois
da criação da sua teoria, Darwin passou anos tentando enriquece-la, denominou
seleção natural como o processo que torna possível a evolução.
Atualmente,
os níveis taxonômicos são: reino, filo, classe, família, gênero, espécie. Em
1990, Carl R. Woese criou o domínio, que
mostra as, as diferenças evolucionarias fundamentais contidas no genoma dos
seres vivo. A classe criada agia de acordo com as semelhanças e diferenças
moleculares nos organismos, e era dividida em 3 grupos: Arqueas
(microorganismos que vivem em condições extremas) bactérias e eucariotos.
A classificação dos seres vivos em cinco
reinos foi proposta pelo biólogo e botânico Robert Whittaker. Ele se baseia nas
características fisiológicas destes seres. Devido a gigantesca existência de
espécies em nosso planeta, essa divisão é extremamente útil, facilitando a
identificação,, as relações existentes entre as espécies de cada reino dos
seres vivos.
Reino Animal:
tem como principais características a multicelularidade, não produzem
seu próprio alimento, são invertebrados, com exceção de 5% que são vertebrados,
possuem a capacidade de locomoção. Exemplos: Homem, cão, cavalo, serpentes,
lagartos, escorpião, pato, gavião, peixes, etc.
Reino Vegetal: composto pelas plantas; são organismos eucariotos, através
da fotossíntese produzem o próprio alimento, maioria das espécies é
multicelular. Exemplos: árvores, arbustos, grama, musgos, palmeiras e
samambaias.
Reino dos Fungos: é um organismo multicelular, absorvem alimento de matéria
orgânica, geralmente se desenvolvem em locais com pouca luz e muita umidade,
eucariotos, a reprodução pode ser sexuada ou assexuada. Exemplos: bolores, cogumelos.
Reino dos Protistas: eucariotos, apresentam características de animais e plantas
(intermediários).Exemplos: algas, esporozoários e flagelados.
Reino das Moneras: são unicelulares, microrganismos, apresentam núcleo
organizado, foram as primeiras formas de vida a se desenvolver em nosso
planeta. Exemplos de representantes deste reino: bactérias, arqueobactérias,
cianobactérias.
http://www.suapesquisa.com/resumos/cinco_reinos.htm
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